Boku no Hero Academia Temporada 7 saiu e não há dúvida de que lutas massivas e climáticas como essa são um desafio para grandes shounen de batalha. Em termos gerais, você pode adotar duas abordagens narrativas, ambas com desvantagens. Você pode se concentrar inteiramente em uma frente para episódios/capítulos inteiros ou múltiplos, o que lhes dá a chance de brilhar. Mas isso testa a paciência dos fãs que podem preferir outro segmento da história e oferece desafios de linha do tempo quando as coisas estão acontecendo ao mesmo tempo.
Horikoshi Kouhei usa ambas as abordagens em Boku no Hero Academia. Eu diria que ele tende a favorecer o primeiro, mas esta sequência é um exemplo do segundo. Temos um segmento com quase todos os conflitos principais aqui (embora Endeavor e Dabi estivessem ausentes). É ainda mais interessante com HeróiAca porque é muito difícil dizer quem é “o” grande mal. Tanto All For One quanto Shigaraki são, à sua maneira – embora se possa argumentar que tematicamente é o último, já que ele é o único invariavelmente pareado com Izuku (o indiscutível “grande bem”).
Shigaraki Tomura não considera AFO seu aliado e certamente não seu amigo, isso não há dúvidas. Seu apetite por destruição é muito maior (All For One quer controlar, não aniquilar por si só). Mas ele se ressente de ser uma ferramenta no arsenal de AFO. Esse “núcleo” de si mesmo que ele escondeu parece ser o que impediu o Plano A de All For One – simplesmente subsumir Shigaraki e tomar seu corpo – de se concretizar. Isso torna a vida mais complicada para ele, mas All For One se deleita com esse tipo de vai e vem. É a luta pelo comando que o deixa chapado mais do que a aquisição dele.
Deku sendo quem ele é, ele não pode abandonar nem mesmo essa alma unicamente destrutiva depois de ver seu desespero cru. Mas agora que “Decay” está de volta online, o Coffin in the Sky serviu ao seu propósito em termos de controle Shigaraki. Salvá-lo é uma questão de salvar aqueles dentro (e abaixo) dele, nem mais nem menos. Gentle Criminal está dando tudo o que tem para aguentar até que La Brava possa reiniciar com sucesso os motores de levitação, e um breve vislumbre de Deku é certamente motivação. Mas é a percepção de que ele está sendo filmado afinal (pelos garotos da escola de negócios) que lhe dá o segundo fôlego de que ele precisa para aguentar. E parece bem claro que Eraser e Present Mic foram salvos por Kuroigiri no final – prova de que algo do velho amigo Shirakumo ainda vive dentro dele.
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De volta à frente da AFO, as coisas estão parecendo bem sombrias para Hawks e o Lorde Demônio está correndo em direção a Shigaraki. Mas a chegada da cavalaria Shiketsu é bem na hora certa. Esta é definitivamente uma situação do tipo “todos a bordo”, e eles eram um grupo do qual ainda não se tinha notícias. A interferência deles (deveria irritar a AFO ao ouvir que eles aprenderam sobre ele na aula de história) dá a Hawks um alívio, e a Tokoyami uma chance de entrar na briga e desencadear seu movimento final – “Luz de Baldur”.
Ainda não sabemos o que é, mas qualquer um que preste atenção sabe disso – “Dark Shadow” é um dos kaijuu furtivos de BnHA. Sempre pareceu que nós — e Fumikage — apenas arranhamos a superfície do que ele é capaz. E que ele pode ser capaz de feitos que rivalizam com qualquer um do elenco (e aterrorizantes). É um poder que está envolto em escuridão, e o simbolismo disso certamente não pode ser acidental da parte de Horikoshi. Não pode haver dúvida de que o pupilo é mais poderoso do que o mestre neste caso — mas a formidável capacidade de Hawks nunca foi realmente baseada em sua peculiaridade de qualquer maneira.
Finalmente, há Himiko Toga. Como Froppy aponta, se ela tivesse clonado All For One ou Touya em vez de Jin, a coisa provavelmente estaria acabada. Mas ela não fez isso, talvez porque ela não pode. Parece haver uma limitação em Toga de que ela só pode utilizar a peculiaridade de alguém que ela clonou se ela gostar dessa pessoa. Se os clones de seus clones enfrentam a mesma limitação, isso explica por que ela fez o que fez e não o que ela não fez. Isso dá ao trio feminino uma pequena abertura para revidar, embora as probabilidades ainda pareçam pesadamente contra elas.
